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domingo, 17 de outubro de 2010

André Villas-Boas: «Estou satisfeito com o rendimento de todos»

No rescaldo da vitória por 4-1 sobre o Limianos, em encontro da terceira eliminatória da Taça de Portugal, André Villas-Boas preferiu elogiar o colectivo a particularizar a exibição de algum dos jogadores. O técnico destacou ainda a competitividade que existe dentro do plantel azul e branco.

Segundo golo foi decisivo:
«O 2-0 antes do intervalo foi benéfico para nós. Levar 1-0 para o intervalo permitia manter o sonho do Limianos e alimentar alguma intranquilidade. Parece-me que tivemos o jogo sempre controlado. Agradou-me também a forma como o Limianos se apresentou, disputando o jogo pelo jogo e desfrutando do palco e da oportunidade. É uma atitude de louvar, porque não é fácil de encontrar. Tivemos um bom domínio da posse de bola e um número considerável de oportunidades. Foi pena termos sofrido o 3-1 quando íamos experimentar um 3-4-3 mais agressivo. Esse golo não ajudou à tranquilidade e à consolidação de um resultado maior.»

Em busca de mais golos:
«Estou satisfeito com o rendimento de todos. Ele podia ter sido ainda melhor, mas foi bastante bom. O golo de Limianos condicionou-nos um pouco. Se o golo do James tivesse sido validado, teríamos o 4-1 mais cedo e mais tempo para dilatar a vantagem. De qualquer forma, conseguimos manter o critério de posse de bola que tanto nos agrada a nós e aos jogadores.»

Competitividade interna:
«A competitividade em treino tem sido extrema. Há muita gente que quer entrar no lote dos mais utilizados. Esta competitividade é óptima para nós, mas é importante que não leve à frustração. Temos 26 jogadores disponíveis e, por isso, esse facto é de louvar. É importante que se mantenha a crença de cada um nas suas capacidades para ameaçar os elementos que alinham com mais frequência. O calendário vai continuar a apertar e essas oportunidades vão acontecer, pelo que é importante que todos se mantenham num nível elevado, para que possam ser opção sem baixar a qualidade colectiva.»

Walter sempre: FC Porto-Limianos, 4-1

Esteve em todas. Não houve um dos quatro golos da vitória portista em que Walter não tenha metido o pé ou, em alternativa, a cabeça. Marcou três e esteve na origem de outro, descobrindo Rafa à esquerda, para servir Varela. E mais ficaram por fazer, na fúria atacante dos Dragões e na alegre despedida do Limianos da Taça de Portugal. Porque jogar no Dragão já é, só por si, motivo de festa.

Montada numa estratégia ultradefensiva, que deixava Vasco entregue a si próprio e à vigilância da defesa portista, a resistência limiana soçobrou em menos de dez minutos. Antes mesmo de esgotado o nono, Walter fazia balançar as redes, num remate colocado com que dava resposta a uma solicitação de Hulk e a qualquer dúvida sobre o seu instinto goleador.

Figura de uma equipa capaz de executar a alta velocidade, Walter esteve na génese do segundo golo, driblando a defesa em linha do adversário e lançando o brilho de Rafa, que, na proximidade da linha final, tirou dois opositores do caminho antes de assistir Varela, que rodopiou e rematou colocado. Outra vez sem defesa.

A eliminatória parecia já resolvida ao intervalo e, antes dele, os mais de 3.000 adeptos do Limianos deliravam com uma simples defesa de Pedro Baía ou todo e qualquer desarme de Hulk, num sintoma claro do desequilíbrio de forças, duplamente acentuado ao minuto 60.

Numa falta sobre Hulk, que tirava as medidas à baliza no momento do derrube, Zé Manel acumulou o segundo cartão amarelo e recebeu a consequente ordem de expulsão. Na sequência do livre, Walter voltou a marcar, aguardando o momento exacto para colocar a bola no sítio certo. Longe do alcance de Baía.

Apesar da vantagem dilatada, o fluxo de jogo persistia num género gritante de sentido único. Mas, numa das raras excepções, entre o festival atacante azul e branco, Pedro Tiba reduziu, enfurecendo o caudal ofensivo dos Dragões, que, mesmo passando à margem de uma goleada mais ampla, voltou a marcar, novamente por Walter, revelando um número assombroso de soluções alternativas em todos os sectores e demonstrando como estão tacticamente crescidos Castro, Ulka e James, que entrou bem a tempo de ver um golo ser-lhe mal anulado.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010