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terça-feira, 6 de abril de 2010

Falcao iniciou reviravolta com pontapé fantástico

Pode dizer-se que o golo mais rápido da Liga 2009/10, apontado pelo maritimista Taka, segundos depois do apito inicial, não foi mais do que uma mera ilusão de óptica. Aos 10 minutos de jogo, o FC Porto já tinha dado a volta ao resultado, na sequência de um futebol dinâmico, feito de acelerações e «tabelinhas», desmarcações e arrancadas a preceito. Falcao, com dois tentos, tornou-se no melhor marcador da Liga e Hulk voltou a facturar, tendo ainda mostrado pormenores desconcertantes.É caso para dizer que os forasteiros tiveram apenas quatro minutos para sonhar com um resultado positivo. Foi nesse momento que Guarín cruzou da direita e Falcao, num autêntico voo de rapina, executou um fantástico pontapé de bicicleta que estabeleceu o temporário 1-1. Golos destes valem um bilhete e será complicado retirar-lhe o título de melhor da Liga, num lance que fez relembrar uma acrobacia igualmente espectacular de Rodríguez, na Madeira, frente ao Nacional, na época passada.Quatro minutos volvidos sobre este momento sublime, já o FC Porto se posicionava na frente do marcador: cruzamento largo de Miguel Lopes e Raul Meireles a corresponder, de cabeça, surpreendo o guarda-redes insular. O futebol dos Dragões era, por esta altura, entusiasmante e avassalador, com Álvaro Pereira imparável na esquerda, um meio-campo rápido e criativo e Hulk e Falcao a deixarem a cabeça em água aos adversários. Até ao intervalo, o domínio do encontro foi sempre dos homens da casa.O Marítimo discutiu o jogo olhos nos olhos, sem subterfúgios ou práticas de anti-jogo, numa postura que se saúda. Porém, seis minutos depois do recomeço, o destino dos madeirenses ficou irremediavelmente traçado, com o segundo golo de Falcao. Pleno de oportunidade, o colombiano correspondeu da melhor maneira a um canto apontado por Hulk. E vai mais uma assistência para o «Incrível», a terceira nos dois jogos que disputou depois do termo do inenarrável castigo a que foi sujeito.Aliás, pouco depois, o brasileiro voltou a mostrar todas as qualidades de um futebolista de excepção, com uma jogada individual na direita em que ultrapassou Alonso e Rafael Miranda, desferindo de seguida um «tiro» defendido a custo pelo guardião Peçanha. Porém, Hulk não sairia do relvado do Dragão de «bolsos vazios»: aos 78 minutos, lançado por Tomás Costa, o avançado iniciou uma cavalgada que culminou com o 4-1 no marcador do Dragão.Até ao apito final, Hulk e Falcao ainda tiveram oportunidades para dilatar a vantagem e materializar a goleada, que seria até demasiado penalizadora para o adversário. Ficou a garantia de um FC Porto decidido em chegar mais à frente na tabela e em vencer todos os desafios até ao fecho da temporada.

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