Foram cinco golos sul-americanos que deram ao FC Porto uma vitória justa e robusta sobre o Vitória de Setúbal (2-5), em pleno Estádio do Bonfim. Falcao, por duas vezes, Maicon, Guarín e Belluschi fizeram o gosto ao pé, em lances bem desenhados que marcaram a superioridade dos Dragões sobre os sadinos. O perfume do futebol portista foi evidente em várias fases do jogo, num terreno difícil e perante um adversário aguerrido. A única nódoa no encontro surgiu já nos últimos minutos, por obra e graça da arbitragem.A equipa da casa apenas se conseguiu superiorizar nos primeiros cinco minutos. Foi uma espécie de estímulo que o FC Porto deu aos setubalenses, para depois colocar tudo na ordem. Alvaro Pereira, aos seis minutos, deu o primeiro aviso, com um remate ao lado. Aos 13 minutos, após canto de Raul Meireles, Falcao pôs os azuis e brancos em vantagem, e não mais os Dragões abandonariam essa posição. Donos e senhores do encontro, manobrando a bola no meio-campo contrário, os comandados de Jesualdo Ferreira chegaram ao 2-0 em novo pontapé de canto. Desta vez foi Belluschi a assistir e Maicon a marcar.No início da segunda parte, a equipa da casa fez o que lhe competia e tentou forçar o golo. Com felicidade, na sequência de outro pontapé de canto, Henrique reduziu para 2-1. No entanto, quem observava o encontro percebia que eram os Dragões a comandar e que mais golos seriam inevitáveis. Abandonadas que estavam as tácticas cautelosas, o Vitória de Setúbal expunha-se ao jogar olhos nos olhos com o adversário. E foi assim que, aos 58 minutos, Guarín fez o 3-1, assistido por Hulk. Foi o terceiro tento do colombiano em partidas consecutivas.O FC Porto não tirou o pé do acelerador e as transições rápidas continuaram a colocar em pânico a defesa sadina. Belluschi fez o 4-1, após toque de calcanhar de Guarín, aos 71 minutos, e colocou um ponto final na decisão sobre o vencedor da contenda. O fim do encontro estava à vista, mas antes ainda surgiu um golpe de teatro. O árbitro Pedro Henriques interpretou de forma muito peculiar um lance em que Falcao foi duplamente carregado em falta e admoestou o colombiano com um amarelo que o impede de dar o contributo à equipa no próximo desafio da Liga.Coincidências, dirão alguns. O que já não foi coincidência foi a união da equipa em torno de Falcao, ainda a tempo de proporcionar ao avançado bisar na partida. O compatriota Guarín serviu-o para um toque sublime, com o goleador a picar a bola sobre o guarda-redes contrário. Ficou como amostra da sua classe, que, por muito que custe a alguns, vai continuar a fazer mossa nos adversários.
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