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quinta-feira, 22 de abril de 2010

FC Porto-V. Guimarães, 3-0: Ainda houve mais brilho

Assim, à primeira vista, a vantagem parece ampla. Suficientemente ampla. Talvez excessiva e inesperada, para quem não assistiu. O desempenho, as incidências e a produtividade no relvado também não obtêm reflexo perfeito no resultado, que espelha somente contornos indeléveis de uma supremacia portista inatacável. Peca, obviamente, por defeito e nega mais uma ou duas doses de brilho ao fulgor dos Dragões.
Intenso, gerido a dois ritmos, entre a génese elaborada de cada lance e a velocidade terminal de Hulk, o confronto não conheceu preâmbulos. A direcção das duas balizas foi tomada sem rodeios e em estilos mais ou menos semelhantes, privilegiando ambos o caminho mais curto, em detrimento das lateralizações, pouco frequentes e utilizadas como último recurso ou na engrenagem de velocidades.Incrível e incontornável, cedo se percebeu que Hulk tinha encontro marcado com o golo. Fosse apenas pelo simples facto de constar da ficha de jogo ou de uma sequência arrepiante de dribles, finalizados em «túneis» sucessivos, com que se livrou da oposição de dois adversários, faltando-lhe apenas uma fracção de segundo ou um milímetro de espaço para fazer pontaria às redes.Dedicado ao projecto de assistir Falcao, o brasileiro cruzou com a sorte de quem a procura e recebeu dos pés do colombiano uma espécie de passe para golo em que redundou um remate cruzado de Valeri. Naquele instante, a Hulk bastou um pontapé semi-acrobático, aparentemente fácil. O 1-0 estava feito. Depois correu a desfraldar a camisola de Sapunaru, numa dedicatória que alargou à bancada.

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