O FC Porto «carimbou» o passaporte para a sua 27.ª presença numa final da Taça de Portugal, ao bater o Rio Ave, na segunda mão da meia-final, por 4-0. Depois de terem vencido no terreno do adversário por 3-1, os Dragões quiseram sublinhar a diferença de qualidade entre as duas equipas, garantindo que esta seria uma eliminatória «sem espinhas». Mas, acima de tudo, o encontro desta quarta-feira valeu pela beleza dos tentos apontados por Belluschi, Guarín, Ruben Micael e Falcao. Cabe ao leitor escolher o mais deslumbrante.Apesar dos dois golos de vantagem trazidos de Vila do Conde, o FC Porto entrou no jogo com uma postura dominadora, não proporcionando ao adversário qualquer expectativa de um volte-face «milagroso». Aos 12 minutos, Bruno Alves deixou o aviso, com um cabeceamento por cima da baliza, após canto cobrado por Valeri. O primeiro grande momento surgiu oito minutos depois: Belluschi cobrou um livre directo em jeito de «folha seca», com a bola a sobrevoar a barreira e Carlos a ficar pregado ao relvado. Para seu desespero, não seria a última vez que isso iria suceder.Até ao intervalo, os azuis e brancos tiveram várias oportunidades para dilatar a vantagem, a mais flagrante das quais foi uma grande penalidade apontada por Farías, que Carlos defendeu com mérito, aos 33 minutos. Orlando Sá também esteve, em duas ocasiões, perto de marcar. Do outro lado, refira-se uma excelente defesa de Beto, com um golpe de rins que conseguiu evitar que um cabeceamento traiçoeiro de Ricardo Chaves resultasse em golo, aos 38 minutos.Com 1-0 ao intervalo, poderia esperar-se uma etapa complementar com poucos motivos de interesse, mas, face à beleza dos golos portistas, por certo que os espectadores não deram o seu tempo por mal empregue. O ataque portista ganhou novo fôlego com as entradas de Hulk e Falcao, mas seria Guarín a fazer o 2-0, na primeira vez em que tocou na bola. O colombiano ajeitou com o pé esquerdo e largou uma «bomba» com o pé direito, aos 79 minutos. Nem com asas o melhor guarda-redes do mundo lá chegava.Mas o festival de bom futebol não se ficou por aqui. Aos 86 minutos, Hulk rompeu na direita e o ressalto foi parar aos pés de Ruben Micael, que, à entrada da área, colocou a bola no ângulo da baliza de Carlos. O guardião ainda ficaria uma última vez no jogo sem reacção: dois minutos depois dos 90, Valeri executou um cruzamento perfeito na esquerda, a que Falcao (quem mais?) correspondeu com um cabeceamento eficaz. Pode não ter sido o tento mais espectacular da noite, mas valeu pela sua simplicidade. Em Maio, a final da Taça será por certo um momento de grande festa, com FC Porto e Desportivo de Chaves a partilharem um encontro de sabor nortenho.
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